10/07/2009

b) Da política...

O que por aqui se disser terá, evidentemente, sentido crítico, mas, analiticamente, apolítico.
Diz-se, com relativa frequência e tom irónico, que “a política é a arte de enganar”. E é-a, em verdade. Em Portugal abundam em demasia os factos que o comprovam.
Se revíssemos as diversas campanhas eleitorais que decorreram desde o 25 de Abril de 1974 e confrontássemos o rol de promessas anunciadas, por quantos estiveram no lugar da governação, com o das efectivamente cumpridas, creio que o registo, se exaustivo, daria uma tal bíblia, hiperbolizando mais com o número de páginas em si do que propriamente com a religiosidade dos actos, faria inveja a quaisquer de entre todas as religiões. Perante tal desrespeito e tão descarada violação das normas éticas de conduta, principalmente para com a nação, estranhamente, na nossa constituição persistem leis que permitem a continuidade em altos cargos, gozando de uma imunidade que mais parece impunidade, a alguns ilustres cidadãos. Se a justiça se diz cega num contexto de imparcialidade, não no são dessa feita as leis que a professam. Pois, consentem às mesmas dignidades que, fazendo uso dos meios de comunicação social públicos, por sua vez financiados por dinheiros públicos, consecutivamente, mandatos após mandatos, desvirtuem, com vis mentiras, a esperança do POVO que os elegeu.
Estranha forma de servir Portugal…

1 comentário:

SM disse...

Infelizmente, por cá, a maior parte daqueles que são o POVO, gosta de andar enganado. As máximas "depois logo se vê" ou "deixa andar que depois se resolve" imperam. Quem faz as Leis ainda são aqueles que o POVO, enganado, escolhe. O ciclo daqueles que são enganados e daqueles que enganam completa-se a cada acto eleitoral. Depois, mais um ciclo... E tudo na mesma.
A política, no dicionário deveria vir: arte de enganar e de ser enganado.
Para finalizar, felicidades pelo blog e porque não ver aqui publicados alguns trabalhos que andam na forja?