22/08/2009

... Colo

Misto de seio e ventre, é no meio de ambos que, fisicamente, o colo se situa. Histórica e psicologicamente, o colo de Portugal é (haverá quem duvide?) feminino! Heróico. Lendário. Ciente. Aberto à necessidade das épocas e à emergência das horas. Sustentáculo principal da árvore familiar onde corre a seiva que faz brotar os ramos e orienta os povos - os valores: da educação, do trabalho, do amor, do compromisso, da tolerância.

13/08/2009

... Voz

É esta a Voz de Portugal! Politicamente visionária e estratégica, nos pergaminhos de D. Dinis: pela fundação da universidade que, para além do mais, formará os matemáticos que inventarão o Quadrante; e pela plantação de pinheirais como os de Leiria e da Azambuja de onde serraremos as tábuas para a construção das naus que nos levarão à Índia. Diversificada e universal, a palavra, com Fernando Pessoa, por dedicação (e dom) conhece a genialidade. Estoutro, José Saramago, apraz-nos conhecer-lhe a obra e (ainda) a vida e, assim, o jeito humanamente simples que tem de afrontar as injustiças. Gil Vicente, Luís de Camões, Padre António Vieira… Diferentes timbres, diversas afinações, consoante as épocas… conferem à Voz de Portugal a consistência dos Impérios.

04/08/2009

f) Playlist

É um programa de rádio com sonoplastia de João Félix Pereira. Passa de Segunda a Sexta-feira às 13h e 10m e é apresentado por Luísa Godinho. Diversíssimas personalidades partilharam já os seus gostos musicais com o (creio que) vasto auditório da TSF, contribuindo, cúmplice e prestimosamente, para a feitura de um dos mais encantadores programas da rádio portuguesa. Foi ouvindo-o que ocorreu ao autor deste blog compartilhar também a sua playlist. Ei-la:
“Com um brilhozinho nos olhos”,
de Sérgio Godinho;
“Bairro do oriente”,
de Rui Veloso;
“Viagens”,
de Pedro Abrunhosa e os Bandemónio;
“Ó gente da minha terra”,
de Mariza;
“Morena de Angola”,
de Chico Buarque;
“Menino do Rio”,
de Caetano Veloso;
“Romaria”,
da Elis Regina;
“Timor”,
dos Trovante;
“Povo que lavas no rio”
da Amália;
e “Trás outro amigo também”,
do Zeca Afonso.

Com as devidas explicações (que aqui não aparecerão) das razões que levaram à escolha destes autores e destas músicas, teríamos programa para, pelo menos, uma hora.
Porque se revelou um exercício deveras interessante, convido-vos a fazer também a vossa playlist.