30/06/2009

a) Das touradas...

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... de touros... Mas, que os olés sejam de reflexão para os homens.

A propósito de um artigo da autoria daquele por quem disse em tempos idos:

Na universidade da vida se forma
quem não se conforma
Se junge a si quem de si se aparta

A lei que julga cumprida
a dose a rasa o quinhão a norma
tanto a si se engana quanto descarta

e que, se tiverdes curiosidade, encontrareis em:
http://caderno.josesaramago.org,

Recupero um poema escrito em 1999:
Tourada
A pé a cavalo
a vida lida os homens
espeta-lhes no cachaço
curtos e compridos

Ferros e ferros sucedem ferros
Ferve sangue nas caldeiras de carne
gorgoleja humilhação nos ferimentos do medo
Risos olés Olés risos chalaças
do universo ensurdecedor
Prolixa plateia
para tão ínfima arena
Caídos que estão já
arrastados pelas bestas do inferno presente
enchem-se de paz inesperadamente
desatam a alma
e voam sobre o tempo
Da ausência fazem
uma dança desenfreada
infinitamente

Nas entrelinhas do (meu) pensamento alguma ligação entre o artigo e o poema se estabeleceu...


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